Alguns estudantes descobrem cedo um interesse por pesquisa e sabem que vão embarcar em um mestrado assim que concluírem a graduação. Nesse caso, o ideal é buscar universidades que proporcionem oportunidades de conduzir projetos já na graduação.
A iniciação científica é um programa de formação do ensino superior para fomentar a produção e o pensamento científico entre estudantes de graduação. No exterior, o nome mais comum é “undergraduate research”.
Nem toda instituição possui um programa do tipo. Normalmente, são eles oferecidos por “universidades de pesquisa” (em inglês, research university): aquelas que possuem foco central na condução e publicação de pesquisas científicas realizadas pelos seus estudantes, acadêmicos e professores.
Por isso, se a sua intenção for fazer um bacharelado no exterior e concluí-lo com experiência prática suficiente para garantir a sua admissão em um mestrado, selecionamos três exemplos de universidades que oferecem fortes programas de iniciação científica para seus estudantes de graduação.
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1. New York University, EUA
“As universidades de pesquisa (como a NYU) visam não apenas transmitir conhecimento, mas produzi-lo e ensinar outras pessoas a aprender ao longo da vida. Por isso, é essencial para nossa missão oferecer aos alunos oportunidades de se envolverem em pesquisas independentes”, explica o site da New York University.
A sua Faculdade de Artes e Ciências (CAS, na sigla em inglês) há muito tempo se concentra em promover uma variedade de undergraduate research. “Os alunos da faculdade têm a oportunidade de trabalhar com equipes de cientistas em laboratórios, vasculhar caixas de arquivo em bibliotecas ou entrevistar testemunhas oculares de eventos culturais e históricos em países estrangeiros”, explica a NYU.
O programa de iniciação científica da Faculdade está disponível a todos os alunos. Cada um dos cursos oferecidos possui um caminho de honras que exige uma “Senior Honors Thesis”, um projeto de conclusão de curso como parte integral do curso.
Além disso, todos os anos, a NYU organiza uma Undergraduate Research Conference. Os estudantes podem se inscrever para apresentar seu projeto de iniciação científica na Conferência e o resumo da pesquisa dos participantes é publicado no Inquiry, o periódico de pesquisa de graduação da CAS.
2. University of Melbourne, Austrália
“Conduzir um projeto de pesquisa é uma maneira fantástica de desenvolver habilidades científicas práticas. Também fornece uma experiência valiosa para alunos que consideram um programa de honras, mestrados ou doutorado em ciências”, explica o site da instituição australiana.
A University of Melbourne mantém o Science Research Project, programa individual de pesquisa supervisionada em que o aluno, em consulta com um orientador, contribui para a idealização, execução e apresentação de um projeto de pesquisa.
O projeto pode ser “independente” ou parte de um programa de pesquisa maior realizado pelo supervisor. Os detalhes específicos do projeto, incluindo escopo, compilação, análise e apresentação dos resultados, são tratados diretamente com o supervisor e, conforme apropriado, com o(s) Coordenador(es) do Projeto de Pesquisa Científica da Melbourne.
O estudante consegue realizar um projeto em quase todas as disciplinas dentro da Faculdade de Ciências da University of Melbourne: biociências; química; agricultura, alimentação e ciências ecossistemas; geografia, Terra e ciências atmosféricas; matemática e estatística; física; ciências veterinárias; engenharia; tecnologia da informação; ciências psicológicas; entre outras.
Para isso, primeiro precisa conversar com um orientador em potencial dentro de uma área alinhada ao seu interesse de pesquisa e passar pela seleção com uma inscrição online. Ao longo do projeto, o estudante recebe feedback por meio de consulta contínua com o supervisor.
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3. Queen Mary University of London, Inglaterra
O Queen Mary Centre for Undergraduate Research (QMCUR) é o centro de inovação, exploração e excelência acadêmica da Queen Mary University of London, dedicado a projetos de iniciação científica.
“Na QMCUR, acreditamos genuinamente que cada aluno de graduação possui o potencial de fazer contribuições notáveis para suas áreas de interesse, independentemente de sua formação ou identidade”, conta o site da universidade. “Nossa missão na QMCUR é criar um ambiente intelectualmente estimulante e vibrante, onde alunos de diversas origens possam participar ativamente de uma ampla gama de atividades impactantes.”
De fato, o centro promove oportunidades para os alunos colaborarem com renomados mentores do corpo docente, explorarem metodologias de pesquisa de ponta e embarcarem coletivamente em jornadas acadêmicas transformadoras:
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Projetos de pesquisa práticos;
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Oficinas interdisciplinares;
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Seminários colaborativos;
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Iniciativas para toda a comunidade.
Atualmente, os estudantes da Queen Mary estão conduzindo pesquisas por meio do centro em diferentes áreas de engenharia, educação STEM, sistemas tecnológicos e industriais, tecnologias sustentáveis e sistemas de saúde.