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A Matemática chama aqueles que buscam compreender melhor o mundo que nos cerca, ela habita desde os rodapés que marcam ângulos retos entre as paredes e o chão, até às nuvens disformes que se liquefazem e banham a terra.

Há muito para ser entendido para quem estuda esta ciência (que é quase uma arte). Para compreender melhor a rotina dos profissionais da Matemática conversamos com Marcelo Máximo, professor de matemática no ensino básico e na pós-graduação. Ele possui 3 doutorados, um deles em ensino de matemática pela Universidade do Vale do Taquari (Univates).

Professor Marcelo Máximo. Créditos: Acervo Pessoal

 

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A escolha pela Matemática

Marcelo nos conta que, desde a sua época de criança, ele gostava de matemática. Mas, a escolha pela matemática se deu por motivos profissionais e não por vocação.

Marcelo se tornou professor quando a exigência para assumir este cargo era apenas o curso de magistério, sem especialização. Mas, em 1996, começou a ser necessário que os professores se habilitassem em alguma área específica do conhecimento. Como ele tinha, além do magistério, o técnico em contabilidade, ele optou por seguir na área da matemática.

Marcelo declarou:

“Assim, eu fiz a licenciatura em matemática pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), que foi uma exigência, naquele contexto, da Secretaria de Educação. Mas, não me arrependi não, viu!?

Se tivesse que escolher de novo, escolheria matemática.”

Dia a dia de um matemático

Marcelo trabalha na Secretaria Estadual de Educação do estado de Goiás, é concursado na Fundação Integrada de Ensino Superior de Mineiros e também dá aula no mestrado na Faculdade de Inhumas.

Ele conta que, na educação básica, há um percentual da carga horária dedicado ao planejamento de atividades, que ele utiliza para elaborar dinâmicas e tarefas. Mas, ele também explica que os professores recebem um planejamento da secretaria que precisam seguir e implementar conforme a necessidade de cada turma. 

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Já no ensino superior, ele trabalha com matemática básica e estatística. Ele diz:

“A matemática básica é uma revisão do ensino médio, porque muitos alunos chegam com severas dificuldades, lá da educação básica. Eu trabalho com essa matemática de revisão e estatística”

Marcelo, no ensino superior, já planeja suas aulas no começo do semestre e no dia a dia, antes das aulas, ele realiza anotações necessárias para cada matéria que será ministrada. 

Principais características de um bom matemático

Marcelo diz que a identidade de um professor de matemática é construída ainda na formação inicial. É nesta fase que há o fortalecimento dos conhecimentos matemáticos, domínio dos métodos de ensino e conhecimentos das dificuldades dos alunos.

O professor diz que há uma baixa procura pela licenciatura na área da matemática e que, com o avanço do EAD, falta vivência prática dos futuros professores na sala de aula. Ele diz que um bom professor de matemática é feito a partir dos conhecimentos de metodologias, da diversidade nas salas de aula e discussões pedagógicas, ainda no seu curso de formação. 

Dicas para jovens que querem trabalhar com matemática

Marcelo aconselha que os jovens interessados na área sigam no caminho de se tornarem matemáticos/as. Ele afirma que por haver poucos profissionais, é um setor com empregabilidade rápida, Marcelo afirma não conhecer um bom professor de matemática parado. 

Em relação, aos salários dos professores, que costumam afastar os jovens, ele diz que professores, apesar de já entrarem com recebendo o piso, a remuneração aumenta conforme ele conquista títulos, como mestrado e doutorado. Ele diz:

“Oportunidades e portas vão se abrindo. Então para quem quer fazer, quem tem vocação, quem gosta dos números, eu aconselho fazer. A dica que dou é prepare-se adequadamente para isso, lembre-se que como professor de matemática você precisa ser paciente e persistente”

 

Por Tiago Vechi

Jornalista



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