Hoje, 11 de agosto, é o Dia do Estudante. Para marcar a data, destacamos a história de Murilo de Andrade Porfirio, 15 anos, que já ganhou medalhas em olimpíadas brasileiras e, agora, no terceiro ano do ensino médio, optou por estudar uma carreira da área espacial na universidade.
Às vésperas do vestibular e Enem, o aluno de Guarulhos (SP) está se preparando para as provas. Ele está na fase de escolher o curso superior. Segundo ele, a sua escolha será com base em alguns dos seus hobbies, como, por exemplo, ler sobre astronomia e montar circuitos variados com componentes eletrônicos.
“Eu me interesso muito por Engenharia Aeroespacial, dado que, já há muito tempo, me apaixonei por astronomia, física e engenharia, e essa parece a intersecção perfeita! Além disso, é um ramo de grande desenvolvimento tecnológico”, comenta o jovem.
A história da Murilho mostra que hobbies podem ajudar os alunos em ano de vestibular e Enem a decidirem qual carreira querem seguir.
Trajetória nas Olimpíadas Científicas
Murilo participou de sua primeira Olimpíada Científica em 2015 (do Canguru Matemático), mas tem estado mais ativamente das competições nos últimos dois anos, quando já se encontrava no ensino médio no colégio Etapa.
Entre alguns torneios, ele destaca medalhas de ouro na Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (2022), no Torneio Brasileiro de Física (2023) e na Olimpíada Brasileira de Ciências (2022), além de um ouro (2022) e uma prata (2023) na Olimpíada de Química do Estado de São Paulo.
“Entrei para as olimpíadas porque meus professores tinham comentado sobre elas e resolvi tentar. Acabei gostando tanto que estou nessa há quase uma década! O que me fez ficar nas olimpíadas foi a competição, porém em uma atmosfera amigável. Simplesmente não existem paralelos”, recomenda o estudante.
Paixão por olimpiadas
Murilo de Andrade Porfirio comenta que os estudantes que querem participar de Olimpíadas Científicas devem estar nas competições por paixão, e nunca por obrigação, além de não se sobrecarregar com isso.
“As olimpíadas têm que ser um “hobby” para o olímpico para que ele se dê bem. Da mesma forma como um vestibulando completamente nervoso e sob pressão não consegue ter bom desempenho”, opina o estudante.
Conforme o medalhista, os maiores desafios das olimpíadas científicas envolvem o controle da ansiedade e a concentração ao longo de todo o exame. “Mas, graças a essas competições, eu aprendi a manter o foco e aprimorei algumas habilidades importantes, como gerenciar o tempo e ser paciente”, afirma.
Olimpíadas Científicas
As olimpíadas científicas ou escolares são competições entre equipes, compostas por um professor e alunos, que estimulam e desafiam os participantes a terem mais conhecimento sobre determinada disciplina do ensino médio, como Matemática e História, conforme o nível de escolaridade.
Os inscritos passam por avaliações, que podem ser escritas, orais ou digitais e durar mais de uma etapa. Ao final, são escolhidas equipes vencedoras que ganham medalhas de ouro, prata e cobre.
Participar de Olimpíadas Científicas durante o ensino médio é uma experiência que ajuda o estudante encontrar a área de conhecimento na qual tem mais afinidade, seja exatas, humanas, biológicas e linguística e artes. Além disso, enriquece o currículo.
Nas premiações, o estudante conhece pessoas, se depara com novas situações e aprende a lidar com o senso de responsabilidade e o de competição.