A Farmácia consiste em transformar conhecimento em cura. Os profissionais desta área precisam lidar com conceitos complexos, moléculas, vírus, substâncias químicas, mas também necessitam ter empatia para combater a dor e as doenças de pessoas que eles, na maioria vezes, nem conhecem.
Para você conhecer mais da vida profissional na área da Farmácia, conversamos com Roberto Parise, professor e presidente da comissão de graduação na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
Veja o que descobrimos!
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A escolha pela Farmácia
O professor nos explica que ele se interessava pelo setor da saúde. Seu desejo era trabalhar com pacientes, medicamentos e algo relacionado com a química.
Na sua época de vestibular, assim como hoje em dia, a concorrência por medicina era muito alta, então o curso de Farmácia o atraiu Ricardo. Ele ainda nos conta que, no 2º ano do ensino médio, chegou a prestar vestibular (como trainee) para Engenharia da Computação.
Mas, logo viu que aquele não era seu caminho e enveredou de vez para se tornar um farmacêutico. Atualmente, ele atua como professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).
Dia a dia de um farmacêutico
Ricardo conta que suas atividades diárias acontecem em mais de um nível, são elas:
- o ensino na graduação e na pós-graduação,
- a realização de pesquisas e orientações de tese de mestrado e doutorado,
- desenvolvimento de projetos de cultura e extensão que deem visibilidade a USP e contribuam com a sociedade
- gestão pública, enquanto presidente da Comissão de graduação da Faculdade de Farmácia
Características de um bom farmacêutico
Em relação às características de um bom profissional de Farmácia, Ricardo opinou:
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“Eu acho que tem que ser uma pessoa com conhecimentos, habilidades, atitudes e valores relacionados à tecnologia, tecnologia que eu digo é o medicamento, tem que ser um profundo conhecedor do medicamento, desde a concepção da molécula em si até como formular esse produto farmacêutico e avaliar sua qualidade.
Esse lado tecnológico é um ponto muito forte para o farmacêutico, tem que se apegar muito a ele. Mas, também não pode esquecer o outro lado, que é o lado clínico, é o lado do cuidado em saúde, justamente o porquê de estar usando o medicamento”
O professor explica ainda que é preciso relacionar as duas áreas para se conseguir orientar as pessoas com ética e saberes científicos.
Dicas para quem quer cursar Farmácia
Para os jovens que irão prestar o vestibular, o professor aconselha os interessados em farmácia a se envolverem com química e biologia. Ele também avisa que o curso de Farmácia é uma graduação que exige bastante dos alunos.
Falando mais sobre a universidade, ele recomenda que os alunos aproveitem os recursos e atividades disponíveis na instituição, como as iniciações científicas, as empresas juniores (atividades para empresas externas) e as atléticas.
O professor finaliza:
“Primeiro é estudar, saber que tem que estudar a área química, a área biológica. Segundo tentar desenvolver outras habilidades, outras competências, em tudo aquilo que a universidade pode proporcionar.”
Por Tiago Vechi
Jornalista