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Figuras de Linguagem no Enem

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Figuras de linguagem são um tema que cai com frequência nas provas do Enem. Nesses tipos de recursos expressivos, muito encontrados em textos literários, as palavras deixam de receber seu sentido usual para ganhar um novo.

Para identificar as figuras de linguagem no Enem, os estudantes precisam ter uma leitura atenta e detalhista, pois esses recursos muitas vezes não são percebidos rapidamente.

A melhor forma de aprender a verificar as figuras de linguagem é entender como elas são, o que significam e alguns exemplos práticos.

Como identificar figuras de linguagem no Enem?

Liliane Negrão, professora de gramática do colégio e curso Oficina do Estudante, explica que, para aprender a identificar figuras de linguagem no Enem, o participante precisa se preparar antes da prova. De acordo com a profissional, é preciso ter técnicas.

Para isso, ela separou três dicas para aprender a identificar figuras de linguagem no Enem:

  1. Procurar, em fontes confiáveis (materiais didáticos, livros, apostilas, sites especializados), a definição mais completa de cada uma das figuras de linguagem;

  2. Entender bem a parte teórica e o conceito de cada uma delas;

  3. Fazer exercícios através dos quais ele possa treinar a sua capacidade de identificação e de compreensão da importância do uso de determinado recurso de linguagem para a produção de sentido em um texto.

Figuras de linguagem que mais caem no Enem

Professora de gramática Liliane Negrão

Entre as figuras de linguagem que mais caem no Enem, destacam-se comparação, metáfora, antítese e paradoxo. Mas, de acordo com a professora de Gramática da Oficina do Estudante, Liliane Negrão, essas figuras podem causar confusão entre os estudantes. 

Veja abaixo as diferenças: 

Comparação x Metáfora

O estudante precisa se atentar para a percepção de que haverá comparação quando a relação de semelhança construída for explícita – com a presença, por exemplo, de expressão “tal qual” ou “como”: “Aquela pessoa é tão forte como um trator”. Nessa construção, o uso do ‘como’ explicita que há uma relação de semelhança entre a força de um trator e a força de um ser humano. 

Já a metáfora contempla uma relação de proximidade implícita: “Aquela pessoa é um trator”. Na frase construída dessa forma, sem a presença do ‘como’, o estudante precisa identificar que há uma metáfora, já que a pessoa, na realidade, não é um trator.

Antítese ou Paradoxo

Elas são figuras linguísticas parecidas, já que ambas trabalham com a relação de oposição e os alunos costumam confundir uma com a outra. A diferença é que, na antítese, essa oposição se dá apenas no nível das palavras, enquanto no paradoxo, a oposição ocorre no nível das ideias, o que gera uma contradição (pelo menos, aparente).

Na frase “Amo o dia e odeio a noite”, há quatro palavras em antítese (amo X odeio; dia X noite), o que não prejudica a coerência da frase, ou seja, não se pode dizer que há contradição na formulação semântica dela, não se pode concluir que o sentido produzido por ela causa algum estranhamento.

Há exemplo de paradoxo no seguinte excerto de um famoso soneto de Camões: “(amor é) ferida que dói e não se sente”. Percebe-se, nesse caso, que a oposição não se dá no nível vocabular: não há termos com sentidos opostos, não é possível avaliar que “ferida” seja o contrário de “dor”, por exemplo.

“O que há no excerto camoniano é uma oposição de ideias, que gera uma contradição, que produz uma (aparente, pelo menos) ausência de sentido: se a ferida dói, como ela não é sentida? Se a dor é uma sensação, se a dor é “sintoma” de que estamos sentindo algo, como podemos “não sentir a dor”? Não faz sentido, pelo menos, não aparentemente.

É claro que, considerando todo o poema, entende-se sim a “lógica” por trás dos versos do poeta, para quem o amor era um sentimento contraditório”, explica Liliane.Então, apesar de, ao final, entender as construções de sentidos produzidas por Camões, a presença da contradição no nível das ideias, que resulta em uma espécie de estranhamento por parte de quem lê, permite a análise de que, no excerto do poeta lusitano, as ideias estão em oposição configurando, assim, um paradoxo.

Quais são as figuras de linguagem?

Figuras de palavras ou semânticas

=>Estão associadas ao significado das palavras.

Exemplos: 

  • Metáfora

  • Comparação

  • Metonímia

  • Catacrese

  • Sinestesia

  • Perífrase

Figuras de pensamento

=>Trabalham com a combinação de ideias e pensamentos

Exemplos: 

  • Hipérbole

  • Eufemismo

  • Litote

  • Ironia

  • Personificação

  • Antítese

  • Paradoxo

  • Gradação

  • Apóstrofe

Figuras de sintaxe ou construção

=>Interferem na estrutura gramatical da frase.

Exemplos: 

  • Elipse

  • Zeugma

  • Hipérbato

  • Polissíndeto

  • Assíndeto

  • Anacoluto

  • Pleonasmo

  • Silepse

  • Anáfora

Figuras de som ou harmonia

=>Estão associadas à sonoridade das palavras

Exemplos: 

Faça exercícios sobre figuras de linguagem

Videoaula de figuras de linguagem no Enem



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