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História: conheça mais da vida profissional na área

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A História é um convite para os insatisfeitos com o presente e as explicações que ele fornece. Marc Bloch, um teórico da história, diz que o bom historiador é como um ogro, que busca a presença humana. Mais do que simplesmente estudar o passado, ser historiador é compreender como as pessoas se relacionam com o tempo.

Mas, não é só de utopias que vivem os profissionais desta área, muitos desafios também os perseguem. Para entender os anseios e os problemas da vida profissional dos historiadores conversamos, com Douglas Rodrigues, doutorando em história pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e professor do ensino fundamental.

Dougla Rodrigues. Créditos: Acervo Pessoal

Veja mais sobre a vida profissional do historiador!

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Escolhendo a história

Douglas nos conta que a escolha dele por história se deu por conta da nota de corte no vestibular. Apesar de história ser a matéria preferida dele no ensino médio, sua vontade era fazer alguma engenharia.

Mas, ele não era bom em matemática e nem em física, não conseguindo alcançar a nota de corte para engenharia, ele se propôs a ingressar na história. Ele também revela que sempre gostou de estudar história, de ler os livros didáticos e literários.

O prazer pela leitura e a possibilidade de logo ingressar no ensino superior o atraíram para o curso, que hoje ele faz um doutorado.

Rotina de um historiador

Douglas, além de pesquisador, também é professor do ensino fundamental do sexto ao nono ano. Ele conta que o principal desafio dele é tornar a disciplina de história interessante para os alunos, em meio a um contexto de redes sociais, inteligência artificial e outros aspectos. 

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Ele diz:

“Nessa era da tecnologia, você tornar o conhecimento histórico atrativo para os alunos é bem difícil, entendeu?


Então, você tem que usar uma série de metodologias, metodologias ativas, coisas diferentes, digamos, inovadoras com recurso tecnológico para ver se eles se interessam. Tentar mostrar para eles que a história tem a ver com a vida deles”

Além disso, ele conta que seu objetivo é construir uma consciência histórica crítica junto dos alunos.

Já na vida acadêmica, os desafios são outros. Douglas nos conta que a pesquisa é um trabalho muito solitário, é uma atividade mais individual.

Características de um bom historiador

Do ponto de vista dele, um bom historiador precisa ter posicionamento político no que tange a justiça social. Douglas também fala do comprometimento com os alunos, é preciso passar uma visão crítica em relação ao passado.

Ele explica:

“Você lida com a história e a história lida com poder, entendeu? Tudo depende da forma como você passa o seu discurso. Querendo ou não, as escolas, te cobram muito isso, quem for para escola vai ter que lidar com isso”

Dicas para jovens que querem se tornar historiadores/as

A dica do Douglas para jovens que querem trabalhar com história, é olhar os campos de atuação dos historiadores, as possibilidades de salário e a viabilidade de realizar um mestrado e um doutorado. Ele declara:

“Conhecer alguém que dá aula de história para poder ver como está a questão do mercado… Porque professor, no Brasil, é complicado, né? É melhor você ter conhecimento acerca do mercado, não só do mercado, da área que você vai atuar, para não largar o curso no meio do caminho”

 

Por Tiago Vechi

Jornalista



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