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mãe e farmacêutica é aprovada em 4 universidades de Medicina

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Passar em um vestibular do curso de Medicina em uma universidade pública já é uma grande conquista. Agora, imagina passar em quatro. No Dia Internacional da Mulher, destacamos a história de Bruna Fernandes Mendes Silva, 35 anos, aprovada em 2022 em quatro instituições que ministram Medicina no seu estado. 

Bruna é formada no curso de Farmácia e trabalhou na área durante dez anos. Ela também é mãe do pequeno Rafael, que nasceu enquanto ela se preparava para o vestibular de Medicina.

Atualmente, a aluna de Medicina estuda na Universidade de São Paulo (USP), em Pinheiros, na capital paulista. Segundo ela, está realizando o sonho que existia há muitos anos. 

Conheça a sua trajetória e se inspire!

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O sonho

“Descobri o sonho da Medicina no meu quinto ano da faculdade de Farmácia, quando realizava meu estágio em hospital. Ali, vendo a equipe médica atuando diariamente, me despertou uma vontade enorme de ser parte”, relembra Bruna. 

Mas, na época, ela entendeu que os pais dela não podiam bancá-la por mais seis anos, no mínimo. Então, ingressou no mercado de trabalho da área de Farmácia, construindo uma carreira muito legal, segundo ela. 

Saiba mais sobre o curso de Farmácia

Bruna conta que, após casar e engravidar, o seu marido, que é médico, incentivou-a a resgatar o projeto de passar para o curso de Medicina. “Então abracei essa oportunidade”, destaca.

E, por que Medicina? A estudante reforça que gostar de estudar é um dos motivos de ter escolhido o curso.

“Escolhi estudar o curso de Medicina pela oportunidade de estar em contato direto com o paciente, delineando condutas com base em estudo constante. Acredito que temos que amar estudar, porque, nessa profissão, jamais poderemos parar”, analisa.

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A preparação

Em meio à preparação para o vestibular de Medicina, Bruna engravidou do seu filho Rafael.

“Durante minha gestação, fiz cinco meses de cursinho, mesmo sabendo que não conseguiria ir até o final do ano, pois o Rafa, meu filho, nasceria em julho. Foi apenas para reaquecer, dar o pontapé inicial, o que foi importante após 15 anos sem contato algum com o conteúdo do ensino médio”, analisa.

Quando seu filho nasceu, Bruna precisou dar uma pausa nos estudos. Mesmo assim, fez as provas do vestibular para treinar. “Fazer as provas amamentando foi um treino ímpar de velocidade!”, ressalta.

Na pandemia do coronavírus em 2020, a estudante ficou em casa com o filho até ele completar 1 ano e 4 meses. Mas, no início de 2021, ela resolveu matriculá-lo em um bercário para poder estudar no curso Etapa, em Valinhos (SP).

“Durante a minha preparação para o vestibular do curso de Medicina, cuidava do meu filho pequeno no período da manhã, dava almoço, deixava na escola, e seguia para o cursinho. Quando chegava da aula, ele e meu marido já estavam em casa, então minha atenção era deles. Após eles dormirem, por volta das 22h, eu ia estudar até umas 2/3h da manhã. E tudo recomeçava por volta das 8h da manhã”, conta.

Por ter uma vida corrida e cheia de responsabilidades, Bruna acredita que, na sua rotina de estudos para Medicina, o crucial em sua situação foi focar no essencial.

“Em vez de estudar a teoria de tudo, fazia muitos exercícios de tudo. Quando tinha dúvidas, revisitava a teoria. Não perdia um simulado, fazia todos presencialmente. Precisei perder aulas? Claro que sim! Mas assisti a todas as que perdi pela plataforma on-line”, reforça.

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A realização do sonho

Bruna Fernandes [2]

Bruna lembra que, no início de 2022, recebeu as aprovações para o curso de Medicina. Além de ter passado no vestibular da Fuvest (USP), ela foi aprovada nos processos seletivos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ).

“Quando soube da minha aprovação para Medicina, estava num quarto de hospital acompanhando minha mãe em uma cirurgia. Quando ela acordou da anestesia, eu pulei em cima dela e só conseguia dizer “Eu passei no curso de Medicina, mãe!! Passei!!”, diz, emocionada.

O curso de Medicina tem duração de seis anos. Ao final da faculdade, os alunos costumam escolher uma especialidade, cujas aulas são ministradas em, no mínimo, dois anos.

Bruna ainda não sabe qual especialidade da Medicina vai escolher. “Tenho algumas ideias, mas claro que muita coisa ainda vai acontecer. Dizem que a gente decide mesmo durante o internato, mas hoje penso muito em Cardiologia, Cirurgia Plástica, ou Pediatria”, enumera. 

Crédito das imagens:

[1] e [2] Acervo pessoal



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