A veterinária traz saúde aos animais e gratidão às pessoas, justamente por cuidar dos bichos, ela exige muita humanidade. Aqueles que sentem o desejo de cuidar, de curar, provavelmente, sente-se atraídos pelas atribuições destes profissionais.
Entretanto, nem só de belezas vivem os veterinários, é um trabalho que impõe os seus desafios. Para compreender melhor como é a vida profissional desta área, conversamos com Plínio Azevedo, formado em veterinária pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e, hoje, atua como Coordenador Técnico de Nutrição Animal GO/MT na Agroline/Áxia Agro.
Veja o que ele nos contou e saiba se a veterinária é mesmo para você!
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A escolha pela veterinária
Questionamos Plínio qual foi a razão dele ter escolhido a veterinária para trabalhar. Ele respondeu que sempre teve esse desejo, desde os tempos de menino.
Plínio refere a si como “o neto que sempre gostou de fazenda”, nas férias escolares era na chácara dos avós que ele se divertia. Diz que até tinha segundas opções nos vestibulares, mas o que ele queria mesmo era a veterinária.
Ele conta também do seu fascínio por cavalos, como esses animais o atraíram para esta área profissional. Mesmo que, posteriormente, tenha descoberto que os equinos não são o seu tipo preferido para trabalhar.
Dia a dia como veterinário
O veterinário nos explica que sempre gostou dos grandes animais, mesmo que tenha estagiado um período com os pequenos (cães e gatos).
Em sua trajetória, ele já trabalhou com reprodução de bovinos e, atualmente, ele trabalha com consultoria de fazendas. Plínio trabalha em uma empresa que tem um projeto de nutrição animal, ele diz que sua rotina tem dois tipos de atividade:
- As burocráticas, como formulação e implantação de produtos
- Assistência em fazendas, realiza um diagnóstico da fazenda para produzir uma indicação nutricional.
Plínio explica que as fazendas funcionam como empresas e que seu trabalho visa mensuração de resultados para otimizar o lucro dos fazendeiros. Além disso, ele também trabalha com treinamento de equipes.
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Principais características de um bom veterinário
Plínio explica que muitas pessoas entram na veterinária porque gostam dos animais, mas que, na verdade, é preciso saber lidar com as pessoas para ser um bom veterinário. Ele diz:
“Você lida é com os tutores dos animais, pensando em pequenos (animais), você está envolvido com sentimento, né!? Na área de pequenos animais, tem o sentimento, então, você ta lidando com um filho da pessoa. Então, você tem que saber lidar muito, a forma de conversar, de abordar…
Agora, no meu caso, que trabalho com grandes, você tem que entender de pessoas também, mas por quê? Porque você ta lidando com o dinheiro da pessoa, né? Então, é uma operação que tem muito investimento financeiro. Não saber lidar com gente é um problema”
Plínio diz que são três coisas extremamente importantes para um bom veterinário:
- Gostar de pessoas
- Aprender a resolver problemas
- Proatividade e capacitação contínua
Dicas para jovens que querem trabalhar com veterinária
A dica do Plínio para os vestibulandos que desejam entrar em veterinária é:
“Tem que saber diferenciar se ela gosta realmente de animal, apaixonada por animal, e se ela ta disposta a ver animais sofrer. Porque quando você fala de clínica, uma coisa é gostar dos seus gatos, dos seus cachorros, outra coisa é ver o animal doente, uma série de animais doentes, ver animal sofrendo…
Na veterinária, dependendo da situação, é permitido fazer a eutanásia, para o animal não sofrer mais. Então, tem que ver se você gosta de trabalhar com bicho, ou se você gosta de animais só por afeto.”