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conheça vida profissinal destes oficiais do Exército Brasileiro

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Infantaria é para quem consegue manter a calma debaixo do caos, são os militares que, cercados pela morte, lutam pelo que vale a pena viver. Mas, também possuem suas funções em tempos de paz.

Na busca de entender melhor a vida profissional deste setor do exército, conversamos com o Coronel de Infantaria Janilson, que, hoje, atua como chefe da Divisão de Ensino da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Veja também nossa entrevista com o brasileiro que lutou na linha de frente da Segunda Guerra Mundial, o Capitão Souza

Coronel Janilson

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Escolha pela infantaria

O Coronel nos conta que nasceu na cidade de Resende, a mesma onde está localizada a AMAN. Por isso, teve vários amigos cujos pais eram militares, mas o pai dele mesmo era veterinário. Sobre isso, o coronel afirma:

“Eu já conhecia a AMAN, mas eu tinha mutia dúvida, como é normal neste período de pré-vestibular, que nós somos muito jovens, então, a gente não sabe (de verdade) como é a profissão. Minha dúvida era se eu seria militar ou veterinário, por conta do meu pai.”

Janilson nos conta que realizou as provas tanto para ingressar no exército como para entrar no curso de veterinária e ao saber da aprovação nas Forças Armadas decidiu ingressar para o exército. Já dentro da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), ele se afeiçoou muito pela atividade militar e decidiu por seguir este caminho.

O tempo total de preparação de um oficial de infantaria é de 5 anos, sendo que o primeiro ano é na EsPCEx e os 4 restantes são finalizados na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). A escolha pela infantaria acontece no segundo ano da AMAN

Rotina dos oficiais de infantaria

Sobre a rotina de trabalho, Janilson faz uma ressalva que, hoje, ela já ocupa um cargo alto dentro do exército e que dentro da sua trajetória ele já teve diversas funções. Ele explica sobre a progressão das funções dentro do exército:

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Ao longo da sua vida, você vai mudando. A rotina de trabalho de um tenente, inicialmente, ele faz a gestão de pessoal, é a primeira coisa. Ele lidera o seu pelotão, cerca de 30 a 35 homens.


Então, ele faz essa gestão durante essa fase inicial da carreira dele. Tem também a parte administrativa, que ele tem alguns encargos, fiscaliza contrato, faz essa parte licitatória e a parte de instrução, é um professor voltado para técnicas militares”

O coronel, atualmente, faz a gestão de ensino acadêmico da AMAN. Ele afirma que há duas correntes, a de técnicas militares e o ensino acadêmico pelo qual ele é responsável. Sendo assim, ele gere 135 professores divididos em 22 disciplinas, além de utilizar métodos pedagógicos e didáticos.

Sobre as atuações em área de conflito, o coronel afirma que as atividades são feitas nas fronteiras realizando o combate ao narcotráfico e em missões da ONU. Atualmente, por exemplo, o exército brasileiro fornece treinamento de guerra na selva para soldados congoleses.

Características de bons militares de infantaria

As características destacadas para oficiais de infantaria pelo coronel Janilson foram:

  • O desejo de servir a nação
  • Gosto pela atividade física
  • Inteligência interpessoal

O oficial explica que a atuação da infantaria, na maioria das vezes, é com o mínimo de dez combatentes. Por isso, é preciso saber se relacionar bem.

Ele também diz que a junção destas características irá formar o espírito de corpo, o qual é o sentimento que une os membros de uma missão e os faz ter orgulho de suas funções.

Dicas para quem quer entra para a infantaria

A dica do coronel para quem decidir por este caminho é: se prepare cognitiva e fisicamente. Ele afirma

“Não adianta o cara ser um fera na parte cognitiva, se na parte física ele não consegue fazer uma barra, por exemplo.”

Outra dica de Janilson é desenvolver o espírito de corpo. No caso de ser uma pessoa mais introvertida, o coronel recomenda o desenvolvimento da oratória e da inteligência linguística:

“Ele vai liderar homens, você começa como tenente com 30 pessoas, quando você vai a capitão começa a comandar em torno de 120/140, quando chega ao posto de tenente-coronel você vai comandar um batalhão, que varia de 500 a 700 homens, e assim vai”

 

Por Tiago Vechi

Jornalista



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