A jornada de estudos das e dos vestibulandos é um processo que exige a adoção de estratégias para que os estudos possam ser otimizados e compatíveis com a realidade de cada estudante.
Saber identificar qual é a etapa de aprendizagem que o vestibulando está é essencial na hora de organizar a rotina de estudos.
Nessa semana, no dia 24 de maio, é comemorado o Dia do Vestibulando. A data faz homenagem aos estudantes que estão no processo de preparação para o Enem e vestibulares e buscam ingressar no ensino superior.
O Brasil Escola conversou com o professor Paulo Jubilut, fundador do Aprova Total, que explica sobre as faixas de aprendizagem (branca, azul, roxa e preta) e qual é a relação delas com a rotina de estudos. Confira!
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Faixas de aprendizagem
Para identificar qual o grau de preparação de cada vestibulando, a dica de Paulo é realizar três simulados de exercícios com 45 questões cada e calcular a média de acertos. Com isso, o estudante saberá qual sua faixa de aprendizagem:
Faixa branca (até 40% de acertos): o estudante está muitos anos sem estudar, ou estudou em uma escola com qualidade ruim de ensino, ou concluiu o ensino médio no esquema “estudar pra prova e esquecer”. Paulo diz que nessa faixa o estudante se sente perdido em meio aos conteúdos, muda muito de método de estudo e não sabe bem como estudar.
Faixa azul (50% a 60% de acertos): o estudante saiu de uma boa escola e consegue ter uma rotina de estudos. O que acontece é que ainda não aprendeu a guardar a matéria no cérebro. Nessa fase, consegue passar em cursos menos concorridos, comenta Jubilut.
Faixa roxa (70% de acertos): estudante maduro que provavalmente já fez alguns vestibulares e possui uma boa bagagem de conteúdo. Consegue aprovação em cursos de média ou mesmo alta concorrência.
Faixa preta (Acima de 80% de acertos): estudante está muito próximo de ser aprovado em cursos muito concorridos como é o caso de Medicina. Possui alta bagagem de conteúdo. O que falta é aparar as últimas arestas para chegar entre os primeiros colocados, diz Paulo.
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Rotina de estudos e as faixas de aprendizagem
Paulo Jubilut compartilha dicas de estudo para os estudantes de acordo com suas faixas de aprendizagem. Veja:
Faixas branca e azul
O foco aqui é estudar as matérias que são a base das Ciências Exatas, tais como: Matemática, Química e Física. Não quer dizer que os vestibulandos devem somente estudar essas matérias, mas sim destinar um tempo maior na semana para essas disciplinas. Durante essa fase é natural atrasar o estudo de outras disciplinas, comenta Paulo.
É essencial direcionar os esforços para estudar matérias que sejam fundamentais para avançar nos estudos. Como por exemplo: a Biologia exige conhecimento de Química e Matemática.
“Nessa etapa, o estudante só precisa acertar os exercícios fáceis, e 50% dos médios. Não precisa se culpar caso errar os difíceis. É preciso caminhar para novos desafios e adquirir mais habilidades para conseguir resolver os exercícios mais complicados”.
Paulo Jubilut
Assim que os conteúdos fundamentais das Ciências Exatas estiverem dominados, o ideal é distribuir de forma igualitária as demais disciplinas, incluindo a redação. A intenção agora é atingir até 60% de acertos em quaisquer simulados e listas de exercícios.
Jubilut orienta que nessa fase de preparação o ideal é destinar de 4 a 6 horas, por semana, a simulados ou listas de exercícios sobre as matérias estudadas.
“É normal errar muitos exercícios no início. O mais importante é tentar fazer, praticar e pegar experiência. Essa vai ser a base para evoluir”.
Paulo Jubilut
O processo de estudos será preenchido então por assistir às aulas, ler o livro didático e resolver uma quantidade moderada de questões da lista de exercícios.
Paulo Jubilut diz que o essencial é permanecer nessa fase por 75% do tempo de preparação. Por exempo, caso faltam dez meses para o dia das provas, é bom ficar nela por sete meses e meio. O objetivo passa a ser então acertar 70% das questões.
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Faixas roxo e preta
Assim, que o vestibulando conseguir acertar 70% das questões, o foco passa a ser 100% dos itens.
O objetivo é realizar exercícios, simulados e resolver provas antigas do Enem e vestibulares.
A rotina de estudos, conta Paulo Jubilut, passa a estar de acordo com os erros cometidos pelos estudantes. Isto é, o que eles errarem indicará o que precisa ser estudado.
O estudante pode buscar resolver de 40 a 70 questões por dia, destinando um tempo para estudar o que errou.
Nesta fase, o estudante está apto a resolver questões discursivas e provas antigas de vários vestibulares. Com isso, ele passa a perceber que as questões são parecidas.
“Nessa etapa o estudante pode simular uma prova com cartão-resposta, tempo definido e redação. E na reta final, um mês antes da prova, aumenta a bateria de questões em 50%”.
Paulo Jubilut